O Peru vai muito além de Machu Picchu. Para aqueles que desejam explorar as outras atrações que o destino oferece, separamos alguns passeios pelo departamento de Ica, situado ao sul do país. Afinal, as magias do Peru rendem roteiros para vários dias. Veja algumas atividades que essa região incrível oferece.
A Reserva Nacional de Paracas (RNP) está a 250 quilômetros de Lima, na cidade de Paracas. Sua área preserva uma bela paisagem desértica e grande diversidade biológica.
Turistas visitam o local para estar em contato com a natureza, observar pássaros e desfrutar caminhadas em meio aos lindos cenários. Ainda que tenha sofrido com o terremoto de 2007, a formação rochosa conhecida como La Catedral é considerada a atração mais popular da RNP. Os flamingos-andinos também chamam a atenção dos viajantes, dando encanto extra à visita.
Por terra, o acesso à cidade de Paracas se dá pela rodovia Panamericana Sul, cruzando a estrada que leva a Pisco (km 231) ou via estrada Santa Cruz – Punta Pejerrey (km 245). Partindo de Lima, a viagem dura três horas e meia de carro e cerca de cinco horas de ônibus.
As Ilhas Ballestas são refúgio de aves como bobos peruanos e pinguins-de-humboldt, leões- marinhos e golfinhos. A atração ainda é conhecida pelo peculiar guano, excremento de aves marinhas acumulado na ilha durante centenas de anos e que é um ótimo adubo natural, sendo exportado pelo país. No caminho que leva às ilhas, aproveite para apreciar as paisagens e a vista para o Candelabro, geoglifo semelhante às linhas de Nazca e que, como o nome indica, tem forma de um castiçal.
Turistas costumam combinar os passeios em um mesmo dia, começando pelas ilhas. A saída para as duas atividades ocorre na doca da cidade de Paracas, onde é possível pegar um barco para Ballestas às 8h. Por volta das 10h, os viajantes já estão de volta ao continente e podem partir para a RNP às 11h. Quando a fome bater, dá para almoçar na Playa Lagunillas, junto da reserva.
A 75 quilômetros de Paracas, as dunas da cidade de Ica são populares entre os aventureiros que buscam o oásis de Huacachina e lá podem curtir as corridas de buggy e praticar sandboard. A lagoa margeada por palmeiras em meio ao deserto é uma atração à parte e rende belas fotos. Ainda vale contemplar o pôr do sol no local, quando as luzes naturais dão outro tom aos montes de areia.
O chamariz da pequena cidade de Nazca fica por conta dos geoglifos encontrados no deserto, heranças da civilização que leva o mesmo nome. A primeira citação sobre os enormes desenhos foi feita em 1547, quando o historiador espanhol Cieza de León declarou ter visto “sinais em algumas partes do deserto de Nazca”.
Ao longo dos anos, diversos significados foram atribuídos às linhas e formas dos geoglifos. Mas a maior estudiosa do assunto, a arqueóloga Maria Reiche, acredita que os desenhos representam um enorme calendário solar e lunar, utilizado para auxiliar nas etapas de plantação e colheita.
Linhas de Nazca: segredos, história e cultura
Para apreciar as linhas em toda sua magnitude, a melhor forma é sobrevoar o local. Foi do alto, inclusive, que os geoglifos foram descobertos por pilotos peruanos. Em 1994, a atração foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.
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