Tudo começou em 1897, quando, meses antes da fundação da cidade, os moradores – sobretudo os operários que trabalhavam nas obras – vestiram fantasias extravagantes e desfilaram pelas ruas a bordo de carros. Desde então BH descobriu no Carnaval uma maneira de entrar na brincadeira que toma conta de grande parte do país.
O costume de vestir roupas que normalmente não se usaria ou se espelhar em algum super-herói para cair na folia continua mais forte do que nunca. Em 2015, mais de 1,5 milhão de pessoas participaram ativamente das comemorações promovidas em diversos pontos da região. No total foram 210 blocos e cerca de 250 desfiles.
Além de curtir a festa, quem vai às ruas da cidade aproveita para expressar sua opinião sobre algum fato. Quer um exemplo? Na edição de 2016 houve quem aproveitasse o evento para defender a igualdade de gêneros e o respeito à diversidade. Outros pedem o fim da impunidade no Brasil.
Apesar disso, é claro que o objetivo é deixar as preocupações de lado e usar toda a disposição e energia para acompanhar a programação. Três grandes blocos figuram como os principais atrativos: o Então, Brilha!, Alcova Libertina e Baianas Ozadas. Este último é formado por integrantes com roupas brancas, colares de miçanga e turbantes, e arrastam multidões ao entoar o axé baiano. Corte Devassa é outro bloco que faz bastante sucesso. Reunindo participantes com leques, perucas, espartilhos e luvas, eles relembram (e satirizam, é claro!) o período colonial brasileiro.
BH também é conhecida pelos blocos caricatos, que, por meio de desfiles regados a muita imaginação e criatividade, contam histórias fantásticas e divertem os foliões. Alguns dos mais conhecidos são Aflitos do Anchieta, Estivadores do Havaí e Infiltrados de Santa Tereza.
As escolas de samba também existem por lá, mas em quantidade bem menor do que em São Paulo e Rio. Os desfiles são feitos na Avenida Afonso Pena, uma das principais do destino.
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