Dos seus aspectos mais tradicionais aos mais contemporâneos, a cultura argentina é muito rica e interessante.
As heranças indígenas e os elementos trazidos pelos europeus foram transformados com o passar dos séculos, formando uma mistura única cujas características também se relacionam com os aspectos geográficos de cada região.
Aqui, destacamos cinco elementos da cultura argentina muito perceptíveis no dia a dia do país e que fazem parte de qualquer viagem por lá.
Esse ritmo surgiu no fim do século 19 com influência da polca europeia, da havaneira cubana e do candombe uruguaio. Seu auge foi com o estrondoso sucesso do cantor argentino Carlos Gardel (1890-1935). Em Buenos Aires, há dezenas de casas de tango com shows superelaborados acompanhados de jantares. O do centenário Café de los Angelitos, por exemplo, tem mais de 20 artistas. No Madero Tango, dá para sentar olhando para a água e curtir uma refeição com três etapas. Em lugares como o La Catedral, há aulas para aprender a dançar a milonga, um “primo” do tango.
Foi na região dos Pampas, que engloba o Uruguai e parte da Argentina e do Brasil, que o gado trazido da Europa se reproduziu e proporcionou a criação de toda uma cultura ao redor da carne (e do “mate”, ou chimarrão). O asado, como os argentinos chamam o churrasco, é feito na parrilla, onde a carne fica bem próxima do fogo. Os cortes mais comuns são o asado de tira (parte nobre da costela), o vacío (fraldinha inteira) e o ojo de bife (miolo do contrafilé). Na Patagônia é possível provar iguarias como o cordeiro assado no fogo de chão. Em todas as regiões do país, restaurantes de carne não faltam.
As carnes podem ser acompanhadas de molho chimichurri
VINHO
Essa cultura chegou ao país no século 16 com os colonizadores europeus. As condições climáticas e o solo dos arredores dos Andes favoreceram muito a plantação dos vinhedos, o que foi impulsionado pelos monastérios, que precisam produzir vinho para a celebração das missas. A indústria tomou forma mesmo no século 19, com a industrialização e a abertura de ferrovias. Hoje, a região de Mendoza é responsável por cerca de 70% da produção do país, e uma verdadeira meca do enoturismo, com mais de cem vinícolas abertas à visitação. Mas em todas as partes do país é possível provar bons rótulos e comprar garrafas para levar para casa.
FUTEBOL
Na Argentina o futebol é tão popular quanto no Brasil: praticamente uma religião. Tanto é que Buenos Aires é a capital do mundo com mais estádios de futebol. Apaixonados pelo esporte podem assistir a um jogo e conhecer os museus dos estádios La Bombonera, do Boca Juniors, e Monumental de Núñez, do River Plate. O Museo de la Pasión Boquense revive os mais de cem anos de história do clube, com a trajetória dos jogadores, os campeonatos vencidos e muitas outras informações e curiosidades.
Estádio La Bombonera, do Boca Juniors l Crédito: Cavan-Images/Shutterstock
CINEMA
O cinema argentino contemporâneo é possivelmente o mais respeitado da América Latina. O consagrado filme O Segredo dos Seus Olhos (2009), de Juan José Campanella, por exemplo, é considerado um dos melhores filmes do início deste século, estrelando o famoso ator Ricardo Darín. Em Buenos Aires, há até tours que levam por locações de alguns dos filmes mais conhecidos. Também dá para assistir a uma sessão cult no Museu de Arte Latino Americana de Buenos Aires (MALBA) e no Centro Cultural da Recoleta. E há ainda o Museu do Cinema Pablo Ducrós Hicken, que guarda objetos relacionados com a evolução da cinematografia argentina de 1896 até hoje.
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