Rio: Destino patrimônio

Como bem cantou Gilberto Gil: “O Rio de Janeiro continua lindo”. O refrão não poderia ser mais propício, já que a Cidade Maravilhosa – que não sustenta em vão essa popular nomenclatura – agora é patrimônio. Nesta terça-feira, dia 13, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, deu ao destino o título de primeira paisagem cultural urbana declarada Patrimônio Mundial.

Ícones como Pão de Açúcar, Corcovado, Jardim Botânico, Floresta da Tijuca e a praia de Copacabana foram alguns dos elementos que contribuíram para a nomeação. O feito é inédito, já que o Rio se tornou a primeira cidade no mundo a ter reconhecido o valor universal de sua paisagem urbana. Aqui entre nós, uma confirmação do que nós, brasileiros, e muitos estrangeiros já sabíamos.

Sendo assim, aproveitando o ensejo e já pensando no verão e nas férias, que estão logo aí, resolvemos listar algumas atrações imperdíveis por lá. A começar pelos famosos cartões-postais, seguidos do centro histórico, que mostra como a capital fluminense vai além de suas famosas praias.

Pão de Açúcar

Marco natural, histórico e turístico do Rio de Janeiro, o Morro do Pão de Açúcar está localizado na Baía de Guanabara. Pela beleza panorâmica é, ao lado do Cristo Redentor, uma das marcas registradas da cidade.

Corcovado – Cristo Redentor

Não dá para ir ao Rio de Janeiro pela primeira vez e não visitar o Cristo Redentor. Aliás, o passeio é válido até para quem já foi à cidade antes. Afinal, aquele visual sempre vale a pena. Localizado no alto do Morro do Corcovado, o monumento é a imagem brasileira mais conhecida no mundo. Com seus braços abertos sobre a Guanabara, o principal ícone do Rio dá as boas-vindas aos visitantes e abençoa a cidade.

Maracanã

Do gol inaugural de Didi (1950), passando pelo milésimo gol do Pelé (1969) a jogos de Copa do Mundo (em 1950 e 2014), shows lendários (de Frank Sinatra a Rolling Stones) até a inédita medalha de ouro para o Brasil no futebol dos Jogos Olímpicos (2016), o Maracanã sempre foi templo de emoções e muitas alegrias. Mesmo que totalmente remodelado, não perdeu em nada seu brilho. Pelo contrário, só potencializou. E vai além de um mero monumento esportivo, é um atrativo turístico. Desde um tour guiado e visita ao Museu até assistir a uma partida de algum jogo, a sensação é incrível.

Jardim Botânico

Além de um dos mais belos do mundo, também é um dos mais importantes centros de pesquisa nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade. Dentre seus destaques estão as palmeiras imperiais, semeadas pelo Príncipe Regente Dom João VI, em 1809.

Parque Nacional da Tijuca

No coração do Rio de Janeiro, com acesso pelas Zonas Norte, Sul e Oeste, está a maior floresta urbana do mundo replantada pelo homem, com uma extensão de 3.953 hectares de Mata Atlântica. É o Parque Nacional mais visitado do Brasil, recebendo mais de 3 milhões de visitantes por ano. Sem dúvida, é a peça fundamental para fazer do Rio a Cidade Maravilhosa. Dividido em quatro setores – Floresta, Serra da Carioca, Pedra Bonita/Pedra da Gávea e Pretos Forros/Covanca, tem opções de programação para todos os públicos: desde áreas para piquenique até voo livre, escalada, trilhas e outras atividades.

Parque Lage

Assim como a história do Taj Mahal, o Parque Lage também envolve o amor. Depois de passar por vários donos, em 1920, Henrique Lage compra a chácara e, para agradar sua esposa, a cantora lírica italiana, Gabriela Besanzoni, manda construir uma réplica perfeita de um “palazzo romano”, reformulando parte do projeto paisagístico. Dois grandes portões se abrem à Rua Jardim Botânico, nº 414, para os caminhos repletos de palmeiras imperiais, que levam ao casarão projetado pelo arquiteto italiano Mario Vodrel. A mansão, construída em torno de uma piscina, tem mármores, azulejos e ladrilhos importados da Itália. Por lá, encontram-se muitos jardins, lagos, grutas e uma trilha que liga o Parque Lage ao Corcovado.

Igreja da Candelária

Reza a lenda que sua construção se deu graças a uma promessa feita por um casal de espanhóis, para que seu navio chegasse a salvo de um naufrágio. Se a graça fosse alcançada, eles ergueriam uma igreja em homenagem a Nossa Senhora da Candelária na primeira terra em que aportassem. Independentemente da veracidade da história, a edificação é, nos dias de hoje, um dos principais monumentos religiosos da cidade. A igreja abriga ainda um museu sacro, arquivo com documentos datados dos séculos XVIII e XIX e biblioteca.

Centro Cultural Banco do Brasil

Centro cultural multimídia desde o fim da década de 1980, o CCBB, como é popularmente conhecido, além de se destacar por sua bela arquitetura, é também um polo artístico. Ali estão dois teatros, quatro salas para mostras, bibliotecas com mais de 100 mil volumes em acervo informatizado, auditório, salas de vídeo e cinema.

Paço Imperial

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o edifício colonial é um dos marcos da história cultural do Rio, sendo hoje em dia um importante centro cultural, com intensa e diversificada programação.

Confeitaria Colombo

Fundada em 1894, a famosa confeitaria faz parte do patrimônio cultural e artístico da cidade. Além de ponto de referência na região, bem no coração do Rio, é também uma ótima parada gastronômica. Por isso, nem pensar em apenas dar uma passadinha, prove, ao menos, um dos inúmeros doces da casa.

Biblioteca Nacional

Em estilo neoclássico, a imponente fachada de escadaria e colunas de mármore impressiona tanto quanto seu acervo. Entre as publicações mais raras estão dois exemplares da Bíblia de Mogúncia, impressos em 1642, e uma edição de 1572 dos Lusíadas, de Camões.

Teatro Municipal

Inaugurado em 1909, é um dos mais belos prédios do Rio. Está situado na Avenida Rio Branco, a entrada principal, no entanto, é pelo lado da Cinelândia. Engana-se quem pensa que o Municipal é um reduto para a elite. Há espetáculos com ingressos para todos os bolsos.

Escadaria Selarón

Além dos famosos arcos da Lapa, impossível não ver na região, outro ícone do centro histórico é a escada que vai da Rua Joaquim Silva, na Lapa, até o curso inferior de Santa Teresa. Obra do artista plástico chileno Jorge Selarón, são ladrilhos e azulejos vindos do mundo todo colocados lado a lado, formando um mosaico interminável de cor.

Museu do Amanhã

“Um ambiente de ideias, explorações e perguntas sobre a época de grandes mudanças em que vivemos e os diferentes caminhos que se abrem para o futuro”, essa é a premissa do museu inaugurado em 2015. Sem sombra de dúvidas, é um lugar para ampliar nosso conhecimento e transformar nosso modo de pensar e agir.

Lapa

Um tour pelo centro do Rio não está completo sem vivenciar o mais agitado dos bairros da cidade. Ali é onde se concentra o agito do destino. Claro, há outras regiões que também são bem badaladas, mas a Lapa é o reduto mais clássico de todos. Há boas opções de bares e botecos para sentar, relaxar e inevitavelmente pensar como o maestro Tom Jobim: “Rio, você foi feito pra mim.”

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