A festa mais esperada do nosso calendário, o Carnaval não é uma festa brasileira – apesar de, claro, a gente ter aperfeiçoado a folia. Você conhece a história deste feriado?
Sua origem é grega, provavelmente em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Os gregos realizavam cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Depois, já em 590 d.C, a festa passou a integrar o calendário da Igreja Católica. Neste período, o Carnaval era marcado pelo “adeus à carne” ou do latim “carne vale” que deu origem ao nome atual. Isso pelo fato de que, após esse período, vem a Quaresma (40 dias), um período que, conforme o catolicismo é tempo de recolhimento pessoal, onde se deve resguardar o corpo da carne e dos vícios.
As celebrações na Europa normalmente eram feitas usando máscaras e dançando nas ruas, como os carnavais de Veneza e de Paris. Cidades como Nice (França), Nova Orleans (EUA), Toronto (Canadá) e Rio de Janeiro (Brasil) se inspirariam na festa parisiense para implantar suas próprias tradições carnavalescas.
Hoje, o desfile do Rio de Janeiro é, sem dúvida, o grande ícone entre os desfiles. Os cariocas criaram e exportaram o estilo de fazer Carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo (Brasil), Tóquio (Japão) e Helsinque (Finlândia). Além disso, o Galo da Madrugada, da cidade do Recife (PE), também é referência internacional, sendo o maior bloco de carnaval do mundo.
Inicialmente, a celebração era feita na rua, e depois migrou para os salões da aristocracia, ainda embalada por ritmos como polca, fado brasileiro, marcha-portuguesa, toada, canção, toada-sertaneja, valsa, maxixe. A popularização do samba e das marchinhas, através de compositores como Braguinha, Haroldo Lobo e Lamartine Babo, tornaram a festa um sucesso entre a população na década de 20.
No Rio, com o costume dos desfiles importados de Paris, as competições começaram por volta do século 18. A primeira marchinha de Carnaval foi feita em 1899 pela maestrina Chiquinha Gonzaga para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro: “Ó abre alas”, inspirada no ritmo dos ranchos e cordões. Hoje, o Sambódromo da Marquês de Sapucaí, projetado por Oscar Niemeyer em 1984, recebe 12 escolas de samba do grupo Especial para dois dias de desfiles espetaculares e temáticas das mais variadas.
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