Biossegurança: entenda por que é seguro viajar para um hotel agora

Com a retomada do turismo, hotéis e resorts tiveram de se adaptar para poderem reabrir. Durante esse processo, um termo acabou ganhando destaque: biossegurança. Mas, afinal, o que é isso? Pois saiba que essa palavrinha precisa, necessariamente, estar na ponta da língua dos agentes de viagens. Mesmo porque é seu papel comprovar para o cliente que, embora seja normal se sentir receoso, é, sim, seguro viajar nesse momento.

Portanto, pra dar uma forcinha nessa missão, nós separamos algumas perguntas e respostas que vão te ajudar – e muito – a passar tranquilidade. Ah, e se você não for agente de viagens, não tem problema não, porque esse conteúdo também pode ser muito útil pra você. Confira a seguir!

O QUE É BIOSSEGURANÇA?

Biossegurança é o conjunto de ações utilizadas para prevenir, reduzir e eliminar os riscos que podem comprometer a saúde humana e animal, bem como o ambiente à volta. Devido à pandemia, o conceito passou a ser utilizado para identificar ações e implementar protocolos a fim de evitar a proliferação do novo coronavírus.

ONDE A BIOSSEGURANÇA SE ENCAIXA NOS HOTÉIS?

Descubra onde a biossegurança se encaixa nos hotéis | Crédito: Shutterstock

Descubra onde a biossegurança se encaixa nos hotéis | Crédito: Shutterstock

Os empreendimentos hoteleiros, assim como prestadores de serviço de forma geral, tiveram de encarar uma grande adaptação. As mudanças começam logo na chegada: sanitização de calçados com cloro ou amônia quaternária, tapetes ou cápsulas sanitizantes voltados à higienização das malas, limpeza das mãos com álcool gel e, em certas unidades, até mesmo testes rápidos de COVID-19 antes do check-in. Inclusive, alguns hotéis também optaram por suspender temporariamente o serviço de vallet.

Funcionários devem utilizar a todo o momento equipamentos de segurança, que incluem máscaras com proteção de acrílico e luvas. Para garantir o correto cumprimento dos protocolos, treinamentos recorrentes são realizados para reforçar essas medidas.

No que se refere às acomodações, o processo de higienização dos apartamentos foi intensificado e, agora, conta com ozônio para limpeza e purificação do ar. Como a capacidade está limitada, os hóspedes estão sendo acomodados em apartamentos e suítes intercalados – um sim, um não –, respeitando, assim, o distanciamento social.

Outra medida implementada para evitar a proximidade entre as pessoas se refere à instalação de barras de acrílico na recepção. Ao mesmo tempo, elevadores só podem ser utilizados simultaneamente por pessoas da mesma família.

QUAIS SÃO AS ORIENTAÇÕES PARA ANTES DO CHECK-IN?

Antes do check-in é fundamental que o viajante tenha ciência de quais protocolos o hotel adotou. Isso porque muitos estão apostando no web check-in, o que torna o processo mais ágil e evita aglomeração. Além disso, alguns empreendimentos estão solicitando dados por e-mail de modo que, ao chegar, o visitante só tenha de assinar a Ficha Nacional de Registro de Hóspede.

QUEM DEFINE A CAPACIDADE DOS HÓTEIS?

A capacidade é definida pelo próprio hotel, mas, de toda forma, é preciso respeitar o limite estipulado pelo decreto da cidade em questão. Apesar de alguns destinos terem flexibilizado mais este ponto, a média nacional é de 50% da capacidade. Vale ressaltar, neste caso, que cabe ao hotel decidir o limite de ocupação.

COMO ESTÁ FUNCIONANDO O CAFÉ DA MANHÃ?

biossegurança Alguns empreendimentos estão optando pelo chamado “buffet invertido”. | Crédito: Shutterstock

Alguns empreendimentos estão optando pelo chamado “buffet invertido” | Crédito: Shutterstock

No geral, o café da manhã pode ser servido em buffet. Entretanto, o estilo mudou e alguns empreendimentos estão optando pelo chamado “buffet invertido”. Como isso funciona? Ao invés do hóspede se servir, ele é servido por um funcionário – devidamente paramentado com equipamentos de segurança, é claro. E tem mais! Alguns protocolos foram adotados para evitar que as pessoas utilizem os mesmos utensílios nas refeições, por exemplo.

É interessante saber que existe a possibilidade de a refeição ser servida nos apartamentos. Caso o viajante opte pelo serviço de quarto, basta solicitar antecipadamente na recepção. Ao contrário do que acontecia antes da pandemia, hoje está sendo priorizado o uso de produtos descartáveis, portanto não estranhe.

Detalhe: as refeições estão sendo realizadas de maneira programada, visto que é preciso zelar pelo distanciamento social. Já no check-in o hóspede pode programar o horário que prefere.

AS ÁREAS COMUNS JÁ PODEM SER UTILIZADAS?

No início muitas atividades foram suspensas porque não existia um entendimento do que poderia ser prejudicial aos hóspedes e funcionários. Mas, para contornar isso, alguns estudos foram efetuados a fim de liberar piscinas, spas e academias sem deixar de lado as medidas de segurança.

Entre os protocolos implantados, cabe destacar o limite de lotação (que varia de acordo com o tamanho do espaço) e a necessidade de agendamento prévio. A sauna, contudo, permanece fechada, pois ainda não se sabe como ocorre o contágio nesse ambiente.

EXISTE ALGUMA MEDIDA DIFERENCIADA PARA ESTADAS MAIS LONGAS?

Atualmente, muitas pessoas estão interessadas em fazer home office de hotéis e resorts. Conhecida como “Resort Office” ou “Room Office”, essa modalidade já existia em determinadas unidades, mas agora ganhou força. Para aqueles que buscam esse estilo de viagem, os hotéis começaram a oferecer tarifas diferenciadas, algumas de até 40% de desconto. Isso pode ser especialmente interessante para quem deseja associar lazer com trabalho, já que dá para trabalhar em frente à piscina, por exemplo.

Com relação à biossegurança, segue o mesmo padrão de uma estada normal. A única coisa que muda é que o visitante que fica por um longo período conta com uma sanitização a cada três dias.

ONDE OS AGENTES DE VIAGENS PODEM SE INFORMAR SOBRE OS PROTOCOLOS DOS HOTÉIS?

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Fique por dentro de todos os protocolos de saúde | Crédito: Shutterstock

O Segue Viagem é atualizado diariamente com conteúdos abordando a retomada do turismo. Por isso, vale a pena ficar de olho nos nossos posts.

Outra forma é acompanhando de perto os materiais divulgados pela CVC Corp, uma vez que eles indicam os hotéis que têm selo de biossegurança – quem quiser pode até baixar um arquivo em PDF que lista todos os protocolos. Se preferir, a dica é fazer uma busca no site de cada hotel. Normalmente essa questão está em evidência, e alguns prepararam até vídeos sobre o assunto.

Importante: tenha em mente que, além do selo criado pelo Ministério do Turismo, alguns meios de hospedagem adotaram medidas próprias de segurança, chanceladas por um infectologista.

E aí, conseguiu tirar todas as suas dúvidas? Coloca aqui nos comentários se algo não ficou claro pra você!

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